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segunda-feira, 19 de maio de 2008

Não me ensinaram a cantar


Nem a tocar, nem a desenhar
Nem pintar também
O piano que tocava era de mentira
Nunca soube da arte
Mas soube sobre trabalhar
Isso quiseram me ensinar

terça-feira, 13 de maio de 2008

A luta

Eu ainda lembro em algum dia de julho de 2.007 na câmera legislativa pessoas dizendo que era impossível o aumento do orçamento da Unemat, já vi e ouvi vários "não" desde que conheço essa luta, me vi, bem como meus colegas, sofrer por falta de infra-estrutura, falta de professor qualificado, falta de incentivo ao acadêmico, falta de um restaurante universitário, casas universitária, livros na biblioteca, bolsas de apoio, pesquisa e extensão, faltou enxergar a UNEMAT como uma universidade.

Mas foi dia 12 de maio de 2008 em Cuiabá no Palácio Paiaguás, que vi e ouvi o governador Blairo Maggi, dizer:

“(...) Mas, mais importante que isso, pra mim muito mais importante do que elevar os recursos para a Universidade é a forma como estamos fazendo isso, não é uma coisa que só o executivo, no caso o Governo de Estado, estar dando novos recursos à universidade, mas o compromisso e o comprometimento que a Universidade está tendo não só com o Governo mas com a sociedade como todo. A Reitoria e os Sindicatos vem trabalhando junto com o governo essa reestruturação, já tem algum tempo e em todos as reuniões eu estava sempre colocando que esse deve ser um caminho de mão dupla não só o governo conceder, mas também a universidade entender e rediscutir seu papel dentro da sociedade de mato grosso.

Eu já disse isso antes e agora repito, fiquei muito feliz com o trabalho que a universidade desenvolveu e tem desenvolvido, vocês fizeram verdadeiros cortes, cortaram da própria carne para poderem chegar em números que fossem números interessantes em que sinalizassem para o governo de que a Universidade deixa de ter a visão que tinha até hoje, até bem pouco tempo atrás, e que a partir de hoje nós tenhamos uma visão não só mais na expansão, que muitas vezes essa expansão não é vontade para a universidade ela é levada a fazer isso, mas que essa expansão, na minha avaliação, não traz grandes ganhos para a sociedade, podemos ampliar muito o número de alunos, abrir novos cursos, mas a qualidade desses cursos muitas vezes é discutível pela própria universidade e pela sociedade também. Então o momento histórico que estamos vivendo aqui é esse reconhecimento de todos de que nós precisamos crescer sim, mas primeiro temos que crescer na qualidade da estruturação dos PCCS’s que há tanto tempo reivindicado aqui pelos trabalhadores da universidade, o reconhecimento do Governo que não da pra deixar com que a recadação fique baseada num único imposto estadual (...) Além da concordância do novo PCCS’s estamos mudando também a forma de financiamento que deverá ter uma sobra em cada ano daquilo que foi previsto no orçamento original, e eu espero, Taisir, professores e alunos de que nos estejamos errados em nossas projeções, que possamos arrecadar mais, arrecadando mais, mais recursos ficará sobrando para a universidade (...)”

O que quer dizer: Aeeee vitória!

Mas não da guerra, só dessa batalha, ainda há muito que melhorar, há necessidades não supridas, mas isso leva tempo e depende da administração, o Executivo fez a sua parte, agora a reitoria deve fazer a sua.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Lá do Mato Grosso


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Aquele dia de sol em mais um dia da minha vida dos meus vinte anos no interior do Mato Grosso, mas bem interior mesmo, lá onde começa a floresta amazônica, aquela que é desmatada pelos fazendeiros pra plantar soja e outros grãos, e as madereiras pra sua sobrivivência. Eu nem ia falar sobre a floresta, mas já que toquei no assunto, é claro que descordo com a destruição da floresta, sou a favor das arvores inteiras e com suas raizes no solo (sem esquecer da fauna) inclusive é uma delícia ir pra lá, minha mãe tem uma chácara, um pequeno pedaço de terra na beira do rio teles pires, temos uma casinha de madeira lá que é um charme, tudo bem que ainda não tem banheiro, a gente toma banho no rio mesmo (as outras necessidades é por ali também), a gente fica lá em contato direto com a natureza, ouvindo sons de passáros, insetos, macacos (esses aparecem só de vez em quando), deitar na rede na beira do rio e só relaxar, geralmente eu pego no sono, mas nem sempre é possível dormir por causa dos mosquitos, tem um monte deles lá, mas nada que repelente, muito repelente, não resolva, mas se ficar dentro de casa ou do rio não tem mosquito, no rio que tomar cuidado com as cobras, nunca vi uma lá, não no rio, é só fazer bastante barulho que elas saem, as cobras gostam tanto da gente como a gente gosta delas, são espertas o suficiente pra manter distância das pessoas. Falando da chácara me deu saudades de lá, faz tempo que não vou, ver o por-do-sol de lá é muito melhor.
É, realmente Mato Grosso tem sua beleza venho tentando exerga-la com graça toda a minha vida, há horas que gosto de ser matogrossense, mas a verdade é que gostar de algo que não tive escolha e não tenho como mudar tornam as coisas mais fáceis, além de ser a melhor saída das minhas frutrações e nem é tão ruim, não mesmo, não pela floresta, nem pelos insetos (na cidade juro que não tem tantos) é mais pela "distância do Brasil", e principalmente da falta de diversidade cultural, eu até aprendi a cantar umas músicas sertanejas de tanto que eu escuto no bar que fica na frente da faculdade, confesso que acaba sendo divertido o sarro que a gente tira das pessoas com aquela cantoria, mas isso cansa, desmotiva, e me da uma vontade enorme de sair correndo desse estado, o que tem me segurado é a faculdade que com muito suor, paciência (muito disso) e saco (que encho de aborrecimentos) termino em junho do ano que vem.
Mas eu, como uma pessoa muito teimosa, insisto em ter fé nesse estado, tem vindo muita gente do Brasil pra cá, talvez consiga enriquecer a cultura daqui, eu do um desconto pra Sinop só porque ela é novinha (30 anos) e tem se desenvolvido fora do normal percebi que a cultura não acopanhou desenvolvimento economico então paciência.